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segunda-feira, 27 de setembro de 2010

A Natureza da Igreja: Ser Missionária


“A Igreja peregrina é missionária por Natureza, porque tem sua origem na missão do filho e do Espírito Santo, segundo o desígnio do Pai” ( DA 347).
Neste mês de outubro a Igreja dedica-se á Evangelização missionária, que tem seu impulso no mandato de Jesus Cristo: “Ide, fazei discípulos meus todos os povos, batizando-as em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo, ensinado-os a observar tudo o quanto vos mandei” ( Mt 28,19-20).
Na Bíblia podemos observar que a missão está relacionada à historia da Salvação, ao desejo de Deus de que “todos homens seja salvos e cheguem ao conhecimento da verdade” (Tm 2,4). Para nós cristãos isto deve ser encarado como um ato de obediência fundamental que a Igreja deve se prestar até o fim da história, a vontade de seu autor. “A grande novidade que a Igreja anuncia ao mundo é que Jesus Cristo, o Filho de Deus feito homem, a palavra e a vida veio ao mundo para nos fazer ‘participante da natureza divina’ (2Pd 1,4), para que participemos de sua própria vida” (DA 348).
Uma preocupação que a Igreja tem em sua missionariedade é a pessoa humana, em sua totalidade, com sua libertação.
“A defesa dos direitos humanos, da dignidade da pessoa, não é oportunismo ou modismo, mas sinal de fidelidade e de autenticidade da missão evangélica da Igreja.
É preciso, pois, proclamar corajosamente a necessidade de libertação da pessoa humana, a fim de que se possa superar a situação de injustiça que exclui cada vez mais pessoas do acesso aos bens indispensáveis a uma vida digna. Esse compromisso com a libertação do ser humano concretiza-se na opção pelos pobres”
(Padre Sebastião Luiz de Souza- Promotor vocacional da Diocese de Piracicaba).
Podemos observar que não é suficiente perceber a necessidade da missão, mas é de extrema importância que cada batizado e batizada assuma sua responsabilidade de ser Igreja e que Ele ou Ela é o sujeito da missão Evangelizadora. Não se pode permanecer passivo reduzido, muitas vezes, participando na Igreja apenas nos momentos rituais. É preciso que cada cristão se coloque em “estado permanente de missão”.

* DA – Documento de Aparecida

Por ELIMAR

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

SÃO MATEUS

“Não ajunteis para vós tesouros na terra...” Eis as palavras de Jesus que se leem no evangelho de Mateus. E tal advertência deve tê-lo tocado de modo particular.

Mateus é na verdade aquele conhecido da Escritura que compreendeu tudo o que diz a respeito ao Reino de Deus, e “é como o proprietário que tira do seu tesouro coisas novas e velhas” (Mt.13,52). Era culto, arrecadador dos impostos (publicano) em Cafarnaum; de formação helenística, parece ter adaptado a índole do grego ao seu nome, Levi, de origem hebraica (Mc 2,14; Lc 5,27). É da capital. Importante a tarefa executada por este discípulo de Jesus na transmissão do Evangelho.
Após a ressurreição foram recolhidos alguns episódios da vida do Senhor, e organizados “discursos” (coletânea de ditos do Senhor) em torno de algumas palavras-chaves. Tais elementos do “Alegre anúncio” de Cristo podiam servir aos primeiros cristãos, como “complemento” das leituras do Antigo Testamento que ainda ouviam nas sinagogas. Mateus, tendo como base essas primeiras redações, escreveu em aramaico uma ampla síntese de “palavras” e “gestos” de Jesus, pondo em relevo sua “messianidade” e a posição dos cristãos, isto é, da Igreja, em face da lei e do culto da Antiga Aliança.
O Evangelho de Mateus, tal qual o possuímos agora em grego, sofreu a influência dos escritos de Marcos e Lucas, conservando, porém, sua fisionomia especifica. É o Evangelho do “Reino de Deus” do “cumprimento” em Cristo da Antiga Aliança. É o Evangelho das Bem-aventuranças e do Sermão da Montanha, das parábolas do Reino e do Juízo universal. É o Evangelho da “Igreja” fundada sobre a rocha que é Pedro, e do seu mistério. A liturgia sempre o utilizou de modo particular. Não se sabe das circunstancias de sua morte ou martírio.

Fontes:
Os santos e os beatos da Igreja do Ocidente e Oriente Sgarbossa, Mario, editora Paulinas edição 2002 e Missal cotidiano. Editora Paulinas, edição de 1996


Por Gildenor

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Grande momento: ORDENAÇÃO SACERDOTAL – Pe. Tiago Boufleur SdC

Foi uma viagem rápida (2 dias), mas repleta de bênçãos, de alegrias, de encontros e de momentos em família. Sim família, FAMILIA GUANELLIANA, que estava muito bem representada pelos padres e irmãos SERVOS DA CARIDADE, as irmãs FILHAS DE SANTA MARIA DA PROVIDÊNCIA e os aspirantes e cooperadores guanellianos da ASSOCIAÇÃO COOPERADORES GUANELLIANOS, além de familiares e amigos. Era momento importante na vida de todos, mas principalmente, para aquele que seria ordenado sacerdote, mais um padre para a Igreja, mais um Servo da Caridade, o Diácono Tiago Boufleur.
Nossa viagem começou na madrugada do dia 04/09/10, quando saímos numa Van aqui de Piraquara (PR), nós (Postulantes), o jovem Roger (Comunidade Santa Mônica) e o Sr. Paulo Sivieri (cooperador guanelliano de São Paulo – SP), rumo ao interior do Rio Grande do Sul. Depois de 13 hs na estrada chegamos à Comunidade Santo Antonio, onde nasceu o, até então, Diácono Tiago, município de Cerro Largo (RS), com aproximadamente 15 mil habitantes.

Fomos destinados às casas das famílias da comunidade (com aproximadamente 500 moradores), que, diga-se de passagem, nos acolheram muito bem. Fica aqui o nosso agradecimento.
Nesse mesmo dia, às 18 hs, todos reunidos na Capela Santo Antonio para a celebração. Depois de 12 anos de caminhada no seminário, o lema de sua ordenação era muito sugestivo: “Não fostes vós que me escolhestes, mas fui eu que vos escolhi” (Jo 15,15).


Pela imposição das mãos do Bispo de Barra do Garças (MT) , Dom Protógenes José Luft (SdC), Tiago Boufleur se tornou o mais novo sacerdote guanelliano da Província Santa Cruz. Após a celebração, houve um jantar festivo, animado pela música alemã (aliás, o alemão é a língua falada no local, mais que o português).


No dia seguinte (05/09), às 10 hs, era o momento do Neo-sacerdote celebrar a sua primeira Missa. Novamente com a igreja lotada a emoção tomou conta de todos. A tradição é que o padre recém-ordenado convide outro padre para fazer a homilia, tarefa que coube ao Pe. Elisandro Isehard da Silva (RS), animador vocacional guanelliano.


No final da celebração, os pais do novo padre trouxeram uma foto do filho, que foi colocada junto às fotos dos outros padres ordenados, nascidos na Comunidade Santo Antonio. O Pe. Tiago Boufleur foi o 18° sacerdote ordenado ali naquela Capela, além de mais 4 irmãos e 40 irmãs religiosas daquele local. Para uma Comunidade onde atualmente residem 500 pessoas, está muito bom não é mesmo? UM GRANDE TESTEMUNHO VOCACIONAL.


Após a Missa, almoço festivo com o tradicional churrasco gaúcho, muita diversão e mais “bandinha” (música alemã). Foi muito bom rever amigos, companheiros de caminhada e conhecer um local tão simples e tão acolhedor. Mas era hora de voltar. Esperamos ansiosos por outros momentos em família, em FAMÍLIA GUANELLIANA. Deus abençoe a todos!



Por ELI MARCEL

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Bíblia: tesouro do coração



Alimentar-se da Palavra para sermos "servos da Palavra" no trabalho da evangelização...

Como definir a Bíblia? Se contemplarmos o autor, diremos: é a Palavra de Deus. Se olharmos o destinatário e a razão porque Deus dirige sua Palavra, diremos: é para revelar-nos o tesouro do seu coração e do nosso coração.
Os judeus contam 24 livros na sua Bíblia, que eles denominam Tanak, termo formado pelas iniciais de Torah “Lei”, Nebi”im “profetas”, e Ketubim outros “escritos”. Estes 24 podem ser também contados 22, o número das letras do alfabeto hebraico. No cânone (lista oficial) cristão, a estes 24 ou 22 livros correspondem 39 livros, ditos “protocanônicos”. A diferença se explica pelo fato de que os judeus consideram como um só livro muitos escritos que no cânone cristão são distintos, por exemplo, os escritos dos 12 profetas “menores”.
A Igreja Católica conta com 46 livros no seu cânone do Antigo Testamento, 39 protocanônicos e 7 deuterocanônicos, chamados assim porque os primeiros foram aceitos no cânone sem grande discussão ou mesmo sem discussão alguma, enquanto que os demais (Eclesiástico, Baruc, Tobias, Judite, Sabedoria, 1º e 2º Macabeus e algumas partes de Éster e Daniel) foram aceitos definitivamente só depois de vários séculos de hesitação por alguns padres da Igreja, (como também de São Jerônimo); as Igrejas da Reforma os chamam “apócrifos”. São 27 os livros do Novo Testamento. Total: 73.
A Palavra de Deus é o alimento do cristão. Uma vez feita à opção de ser filho de Deus pelo batismo, o cristão deverá ter consciência da sua condição e buscar o alimento para qualificar sua vida. Cristo Jesus, ao início da pregação do evangelho, diante do tentador que lhe dizia de converter as pedras em pães, respondeu: “Está escrito: "Não só de pão é que se vive, mas de toda palavra que sai da boca de Deus” (Lucas 4, 3-4).


Não se é cristão se não se ouve a Palavra de Deus e, se ouvida, não é posta em prática. A vida humana tem valor inestimável não só na eternidade destinada à visão de Deus, mas já no tempo presente por ser motivo da encarnação do Filho de Deus, o que demonstra o amor de Deus por nós. O valor pessoal da vida humana somente é alcançado quando se ama o próximo como Deus fez conosco.
Ser discípulo de Jesus é tornar-se ouvinte e praticante da sua Palavra.
Daí a necessidade de grande atenção à catequese para adquirir a familiaridade com os livros das Escrituras Sagradas e com a exposição sistemática da doutrina e norma de vida nelas contidas.
A iniciação à Palavra de Deus começa dentro da família, alarga-se na comunidade cristã e nos estudos pessoais, não somente em momentos importantes da vida, mas continuamente nas condições mais diferenciadas para confronto, renovação e aperfeiçoamento da vida cristã.
Uma conseqüência necessária é que a catequese não seja destinada somente à criança, mas deve ser permanente. Todos nós precisamos conhecer sempre mais os conteúdos da Palavra de Deus em catequese sistemática, bem como o ensinamento permanente do magistério da Igreja, depositário da missão própria recebida de Cristo Jesus.
Ninguém ama o que desconhece. Os exegetas, os biblistas, os teólogos têm a missão de guardas cuidadosos do depósito da fé. Os catequistas são os profetas de Deus, falam em nome de Deus que assim continua a se dirigir a seus filhos. Devem os catequistas ser fiéis à doutrina de Cristo recebida por meio dos apóstolos que chega até nós por seus sucessores na Igreja. São descabidas interpretações pessoais da Palavra revelada.
Jesus é o verdadeiro exegeta que interpreta a vontade do Pai. “Quem tem ouvidos para ouvir, ouça”, diz Jesus (Lucas 8). Devemos pedir, com o salmista no Salmo 118,18: “Tira-me os véus dos olhos e contemplarei as maravilhas de tua Lei”.
“Alimentar-se da Palavra para sermos “servos da Palavra” no trabalho da evangelização: tal é, sem dúvida, uma prioridade da Igreja ao início do novo milênio. Deixou de existir, mesmo nos países de antiga evangelização, a situação de “sociedade cristã” que não obstante as muitas fraquezas que sempre caracterizaram tudo o que é humano, tinha explicitamente como ponto de referência os valores evangélicos” (João Paulo II, Início do Novo Milênio).
A Palavra de Deus revelada aos seres humanos é o tesouro do coração de Deus que é todo Amor para se comunicar aos seres humanos e com eles formar um pacto de amor. Deus revela ao homem o próprio homem, a sua dignidade, a sua destinação. O tesouro do nosso coração, que há de preencher todos os nossos anseios, somente Deus pode realizá-lo. O nosso coração permanece inquieto até que repouse em Deus.


Que este mês da Bíblia nos ajude a tomar consciência da riqueza e necessidade de aprofundar nosso contato e vivência da Palavra de Deus. Assim poderemos dar razão da nossa fé e esperança em Cristo Jesus.

Dom Geraldo Majella Agnelo Cardeal Arcebispo de São Salvador da Bahia - Primaz do Brasil


http://www.cancaonova.com.br/portal/canais/formacao/internas.php?id=&e=3487

Recomendado por Antonio

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

Eucaristia, sustento para a vida



Todo ser vivo necessita de alimento. O cristão necessita da Eucaristia, que é o sustento e fortaleza de sua vida.
A instituição da Eucaristia já vem sendo preparada desde o Antigo Testamento, em diversas ocasiões, Deus alimenta o seu povo: o maná do deserto (Ex 16, 12-14), o pão do profeta (2Rs 4, 42-44) ou o pão de Elias (1Rs 19, 6-8). E no Novo Testamento, as duas multiplicações dos pães são uma preparação próxima para um novo pão que virá saciar a fome espiritual, este pão dá forças para viver eternamente.
Santo Agostinho dizia: “A Eucaristia é o pão de cada dia que se toma como remédio para nossa fraqueza de cada dia”.
O Bem Aventurado Luís Guanella (fundador das congregações religiosas dos Irmãos e Padres “Servos da Caridade” e das Irmãs “Filhas de Santa Maria da Providência”) também afirmara que “um dia sem eucaristia é como um dia sem sol”.
A Eucaristia é o alimento dos discípulos e missionários de Cristo. A Eucaristia “é a fonte e o ponto mais alto da vida cristã, sua expressão mais perfeita e o alimento da vida em comunhão”. (Documento de Aparecida, p. 82-83).
O catecismo da Igreja Católica diz que “a missa é ao mesmo tempo e inseparavelmente o memorial sacrificial no qual se perpetua o sacrifício da Cruz, e o banquete sagrado da comunhão ao corpo e o sangue do Senhor”. (1382).
Alberto Hurtado faz uma comparação muito válida sobre a relação da Eucaristia com a vida humana, afirmando: “Minha missa é minha vida e minha vida é uma missa prolongada”. Isso significa que além de alimento espiritual, a Eucaristia nos compromete para uma missão concreta dentro da vocação que escolhemos viver durante toda nossa vida neste mundo.
É importante ressaltar que em nossa sociedade há uma grande dificuldade das pessoas em compreender o mistério eucarístico, e o mais grave ainda, de acreditar que na Santa Eucaristia está presente Jesus Cristo, nosso redentor. (Eis um grande problema para a humanidade). Porém, devemos ter consciência de que só vemos Jesus na Eucaristia, com os olhos da fé, pois não é algo racional, mas brota de dentro do coração. Jesus já afirmara a Tomé: “Felizes aqueles que crêem sem ter visto (...). Não seja incrédulo, mas homem de fé”. (Jo 20, 28-29).
O teólogo Felipe Aquino afirma que “a Eucaristia vai nos ensinando a viver por Jesus, com Jesus, em Jesus e para Jesus”. Isso quer dizer, que nossa vida deve ser uma generosa entrega total a Jesus e ao seu plano de amor que Ele tem para cada um de nós. Não podemos ser cristão pela metade. Nossa vida deve ser doada inteira e totalmente. “Não tenhais medo. Quem buscar sua vida a perderá, e quem perder sua vida por causa de mim a encontrará”. (Mt 10,31;39).

Por Valdecir